sábado, 4 de dezembro de 2010

A vida 2.0 por Felipe Neves

Embora seja um assunto muito recente, podemos analisar as redes sociais a partir da perspectiva de Fernanda Bruno em seu artigo “Tecnologias de informação e subjetividade contemporânea” e de Neal Gabler .em seu livro “Vida, O Filme – Como o Entretenimento Conquistou a Realidade”.

As redes sociais como o Facebook, o Orkut, o Last.fm e etc. são ambientes online onde os usuários fornecem informações sobre sua formação acadêmica e seus interesses.

Porém, atualmente, há uma grande valorização e espetacularização da vida privada, como discorre Neal Gabler em “Vida, O Filme...”, assim as redes sociais contribuem para a formação de personas (A psicologia utiliza o termo para descrever a função psíquica relacional voltada ao mundo externo, na busca de adaptação social, e no teatro como um papel social vivido pelo ator). Na realidade, a maior parte dos usuários tenta construir seus perfis baseados no que se espera que eles sejam.

O perfil faria parte de uma mascara social onde aquilo que é exposto pelos indivíduos é apenas a parte que a sociedade quer ver: fotos felizes, gostos musicais, conquistas profissionais, sucesso.

Fernanda Bruno em seu artigo fala do uso desses perfis pelo marketing. Eles contribuem para a classificação de cada consumidor em categorias, visando direcionar tipos de publicidade que se possuem mais características em comum com o consumidor em específico. Mas a questão reside no fato de que estes perfis são performáticos e podem induzir o usuário da redes a consumir, sem o próprio ter nem idéia do que está a fazer.

Nesse sentido as redes são mais uma peça do quebra-cabeça que compõe a espetacularização do eu.

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