Diante de previsões catastróficas sobre os rumos do planeta, a conscientização da humanidade sobre seus hábitos em relação ao meio ambiente se tornou uma prioridade em prol da própria sobrevivência. Sendo assim, o meio ambiente se tornou interessante para a mídia, que passou a ter papel constrangedor (ao mostrar conseqüências do mal tratamento do meio ambiente) e informativo, levando a conscientização da sociedade.
Tendo se tornado uma questão de sobrevivência, o meio ambiente veio a ser tema de muitas produções de mídia. O filme “Uma verdade inconveniente” é, sem dúvidas, uma das principais formas de se entender todo o contexto da mídia em relação ao meio ambiente. Dessa forma, temos um formador de opinião, Al Gore, candidato à presidência dos EUA, em um filme, exibindo cada indício da realidade que nos espera. No entanto, seguindo o pensamento de Lazarsfeld de que o contato cara-a-cara é mais impactante do que a simples informação, temos nesse filme um ponto forte que é o tom de palestra e, com o maior alcance do cinema, a discussão gerada após a exibição.
O medo se tornou real e as pessoas começaram a prezar cada vez mais o que era “eco friendly” e quem podia se dispôs a pagar mais para “fazer a sua parte”. Consumir sustentabilidade, hoje, é um status assim como apoiá-la. O meio ambiente se tornou um mercado. Como exemplo disso, temos a atriz Emma Watson (Hermione de Harry Potter) que vai lançar agora sua própria linha de roupas sustentáveis depois de já ter feito diversas campanhas para marcas da mesma linha.
Emma Watson vai lançar nova linha de roupas sustentáveis com a designer Alberta Ferretti
Podemos, portanto, perceber que como base da sobrevivência social, o respeito ao meio ambiente é cada vez mais explorado por aqueles que tem possibilidade de formar opinião. Dessa forma, a única crítica que podemos fazer de fato a essa tendência é a conscientização que atinge a todos, mas que não é possível para todos pois ter uma vida sustentável é muito mais caro. Sendo assim, fica mascarado um marketing pessoal, ou de empresas que se dizem sustentáveis, que acabam lucrando muito mais com a postura “eco friendly” do que de fato mudando algo por não terem um posicionamento popular na venda dos produtos.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
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