sábado, 4 de dezembro de 2010

O jornalismo “sério” de uma sociedade espetacularizada por Luana Calazans.



“A verdade é um momento do que é falso”, “a realidade surge no espetáculo, e o espetáculo é real”, “o que parece é bom, o que é bom aparece”. Estas são algumas das frases usadas por Guy Debord para descrever a nossa sociedade do espetáculo, onde o que importa não é o que é real e sim o que aparenta ser.

Os indivíduos nessa sociedade aceitam o que parece real, mas muitas vezes é somente uma ilusão, isso se dá pela mediação das imagens e mensagens dos meios de comunicação de massa, que são a manifestação superficial mais esmagadora da sociedade do espetáculo. E esse tipo de sociedade em junção à sociedade de consumo tirou um pouco do papel central do jornalismo que é informar e o transformou em um tipo de espetáculo.

Através deste jornalismo que temos contato todos os dias, por meio de várias mídias diferentes, a sociedade pode transmitir aos indivíduos novos critérios de julgamento e de justiça. Podemos observar isto nos recentes conflitos que ocorreram no Rio de Janeiro, em que a polícia da noite pro dia, através da mídia passou de “um bando de corruptos” para “salvadores de nosso estado”. Também podemos citar os casos de Isabella Nardoni e do caso Eloá que tiveram uma grande repercussão na mídia, tendo os apresentadores de programas como “A Tarde é sua!” e “Brasil urgente” como negociadores no caso de seqüestro de Eloá.

A bandeira que estes jornalistas (ex: Sonia Abrão, Datena, Wagner montes) defendem é a de um jornalismo diferente, mas em busca de audiência e “furos de reportagens” eles esquecem da ética jornalística e muitas vezes chega a se aproximar de uma ficção. Utilizando de fontes sensacionalistas ou falsas ( como a entrevista do Gugu ao PCC, que foi uma armação).Tudo em busca de uma afirmação da sua presença na espetacularização de nossa sociedade.

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