quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Dando início aos trabalhos. Por Natália Ribeiro


Esta matéria exibida pelo Fantástico, no dia 15 de Novembro de 2009, é referente ao lançamento do filme baseado na vida de Bruna Surfistinha, ex- garota de programa que ganhou destaque nacional e internacional com o sucesso obtido através de seu primeiro livro, que vendeu cerca de 300 mil cópias através do mundo.

Na matéria são entrevistadas a própria Raquel Pacheco, mais conhecida como Bruna Surfistinha, e a atriz Déborah Secco, que fará o papel principal, encarnando a personagem.

O primeiro ponto que é interessante destacar é a dissociação que é feita entre Bruna e Raquel, é como se a Bruna tivera existido sempre como personagem, o que não é verdade, pois em seu livro, contando a vida de Bruna, é ressaltado que são experiências vividas de fato por ela, Raquel. Seria um caso de dupla personalidade, se não fosse feito o esforço de jogar a personalidade, prostituta, viciada, inconseqüente, mercenária, etc, num passado remoto, como se de fato ela não existisse na vida real, mas apenas em blogs, livros e revistas. Essa dissociação faz-se necessária, caso contrário o sucesso e o espaço obtido na mídia não alcançariam Raquel Pacheco. É como se ela tivesse por um tempo encenado o próprio papel, que agora irá chegar ao cinema através de uma outra atriz.

O outro ponto que eu gostaria de destacar é a espetacularização de um drama, da vida de uma menina de classe média que decide virar prostituta e que no final se casa e aparentemente vive feliz para sempre, mas sempre com a consciência pesada (aparentemente), e transformação disso num fenômeno.

A superexposição da intimidade, sua e de seus clientes, combinada com as ferramentas disponíveis para essa exposição formaram o caminho que elevou uma ex-prostituta no nível de celebridade.

A transformação de Raquel em Bruna, e de volta, de Bruna à Raquel, enquanto saciar a sede que temos pela intimidade, ainda mais por uma intimidade tão “vibrante” quanto poderia ser a de uma garota de programa, garantirá bons lucros aos detentores de seus direitos, seja lá quais forem e postulará o espetáculo como “modus operandi” de nossa sociedade.

Natália Ribeiro.

Matéria no site do Fantástico! Clique aqui!

domingo, 8 de novembro de 2009

Dica do Lucas



comentário do Lucas: Acho que mais ou menos na mesma linha dos Titãs,tem um vídeo do Jon Lajoie satirizando a industria cultural americana. Apesar de ser um cara inserido nessa "cultura de massa" a critica dele é bem legal e bem humorada.