"Mais de uma década depois de ter sido eleito vocalista
do conjunto O Rappa, Falcão é hoje uma voz marcante do
pop-rock nacional, talvez a principal delas. A banda
junta multidões em seus shows e acredita que é possível
vender muito sem descuidar da qualidade. O segredo está nas
letras vigorosas - a maioria de cunho social -, na batida
energética e, principalmente, na performance do cantor no palco.
A garotada, agora, segue O Rappa quase como uma religião,
encampando os projetos sociais do grupo e vendo Falcão como
uma espécie de guru."
(Revista Época - Marcelo Falcão é o cara)
O Rappa, como sendo produto musical, pode representar uma forma de consumo e entretenimento dentro do universo das idéias de Gabler. Como informa o artigo a respeito do sucesso da banda, o Rappa devido a sua popularidade, também poderia servir como um objeto da nossa cultura de massa. Quando sua música é divulgada através das mídias, o impacto pode ao mesmo tempo representar valores que a sociedade já agrega a sua cultura, como também de outra forma, influenciar na escolha ou criação de novos valores para que sejam incorporados na cultura. Como o público alvo do Rappa neste artigo são os jovens, esse entretenimento é mais consumido entre eles, logo os seus valores também serão.
Ao aplicar os conceitos de Gabler sobre o filme-vida na sociedade
americana do século XX na produção musical do Rappa,
poderiam representar os acessórios cênicos dessa indústria, os valores declamados nas composições. Assim como a música do Rappa não vende apenas uma melodia, como também vende uma letra que agrega valores ligados a pessoas comuns, ela permite que o consumo das obras do Rappa pelos jovens como forma de entretenimento, trate dessas críticas.
sábado, 18 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
A agulha hipodérmica e a Rosa Púrpura do Cairo por Thaís Rodrigues
O filme que se passa no inicio do século XX, conta a história de uma mulher casada e alvo frequente de humilhações do marido. Todos os dias, várias vazes por dia, ela ia ao cinema. O filme mostra a influencia da comunicação massiva e nos remete a teoria de Lasswell e Adorno.
Lasswell defendia a ideia de que o receptor da mensagem é passivo, ele não envia a mensagem de volta ao reprodutor (teoria da agulha hipodérmica). No filme a protagonista começa a interagir com o filme e chega acreditar que uma das personagens está apaixonada por ela. Nesse ponto o filme se aproxima com Adorno e sua teoria de que os meios de comunicação de massa (TV e cinema, por exemplo) nos distanciam da realidade, nos apresentando uma realidade alienante. Para ele a cultura de massa torna nossa percepção mais superficial, nos afastando de nossas capacidades reflexivas e de pensamento analítico.
O filme ilustra bem a relação sociedade x meios de comunicação, e como o comportamento social muda depois de estarmos submergidos na cultura de massa.
Lasswell defendia a ideia de que o receptor da mensagem é passivo, ele não envia a mensagem de volta ao reprodutor (teoria da agulha hipodérmica). No filme a protagonista começa a interagir com o filme e chega acreditar que uma das personagens está apaixonada por ela. Nesse ponto o filme se aproxima com Adorno e sua teoria de que os meios de comunicação de massa (TV e cinema, por exemplo) nos distanciam da realidade, nos apresentando uma realidade alienante. Para ele a cultura de massa torna nossa percepção mais superficial, nos afastando de nossas capacidades reflexivas e de pensamento analítico.
O filme ilustra bem a relação sociedade x meios de comunicação, e como o comportamento social muda depois de estarmos submergidos na cultura de massa.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
O show dos sites de relacionamentos por Tauan Salgado
Dificilmente alguém não está ligado de alguma forma à web no séc XXI. Mesmo sendo uma mídia recente, a internet encontra-se em um processo avassalador de aceleração de sua própria evolução, já se tornando, de longe, o meio de comunicação mais eficiente, do ponto de vista de velocidade e tecnologia, de todos os tempos.
Navegando na rede, não há limites. A infinidade de produtos esperando para serem consumidos nos levam a adotar um comportamento mais direcionado, ainda que a perda do foco seja bastante recorrente. A partir do momento em que sentamos, deitamos, ou nos coloquemos à frente do computador, nossa cabeça já começa a trabalhar. Há nela um processo seletivo que, inconscientemente, já nos faz acessar o que o momento pede. E o momento quase sempre é de lazer, relaxamento, fuga da rotina.
Levando em conta o desejo de entreter e a capacidade de criação cibernética e combinando as duas com um jogo de proveito sobre as fragilidades do ser humano e sua necessidade de estar sempre cultivando uma imagem positiva, deu-se o surgimento dos sites de relacionamentos, uma febre contemporânea. Mas o que explica esse fenômeno?
É o Show do Eu aflorando dentro de cada um de nós. O anseio pela conquista da aceitação e, guardadas as devidas exceções, ninguém está imune. Com apenas alguns cliques podemos, em segundos, criar um eu muitas vezes longe do eu verdadeiro. Os sites de relacionamentos nos permitem inventar, mentir, enganar. E na grande maioria dos perfis é o que realmente acontece.
Em um mundo onde a principal forma de ação é a competição, o lado mais humano do ser não poderia ficar pra trás. A emoção fala mais alto e, uma vez inseridos em uma sociedade espetacular, não há como não aderir. Pro ego, o que importa é o reflexo, a imagem. E a imagem que se passa é a que se constrói, e não a de sua natureza. É a que passa despercebida pelos mais próximos, mas aos olhos dos demais é uma verdade que não se contesta.
A internet e os sites de relacionamentos vêm se tornando algo tão ‘’essencial’’, que corremos o risco de estarmos fazendo parte da versão moderna do velho conto da mentira que de tantas vezes contada se torna verdade. Daqui a pouco não saberemos o que realmente é e o que não é. Apesar de alguns acreditarem que toda fantasia tem um limite. O que não deixa de ser verdade. A capacidade de manipular vem se sofisticando cada vez mais, mas há sempre o gesto que trai.
Navegando na rede, não há limites. A infinidade de produtos esperando para serem consumidos nos levam a adotar um comportamento mais direcionado, ainda que a perda do foco seja bastante recorrente. A partir do momento em que sentamos, deitamos, ou nos coloquemos à frente do computador, nossa cabeça já começa a trabalhar. Há nela um processo seletivo que, inconscientemente, já nos faz acessar o que o momento pede. E o momento quase sempre é de lazer, relaxamento, fuga da rotina.
Levando em conta o desejo de entreter e a capacidade de criação cibernética e combinando as duas com um jogo de proveito sobre as fragilidades do ser humano e sua necessidade de estar sempre cultivando uma imagem positiva, deu-se o surgimento dos sites de relacionamentos, uma febre contemporânea. Mas o que explica esse fenômeno?
É o Show do Eu aflorando dentro de cada um de nós. O anseio pela conquista da aceitação e, guardadas as devidas exceções, ninguém está imune. Com apenas alguns cliques podemos, em segundos, criar um eu muitas vezes longe do eu verdadeiro. Os sites de relacionamentos nos permitem inventar, mentir, enganar. E na grande maioria dos perfis é o que realmente acontece.
Em um mundo onde a principal forma de ação é a competição, o lado mais humano do ser não poderia ficar pra trás. A emoção fala mais alto e, uma vez inseridos em uma sociedade espetacular, não há como não aderir. Pro ego, o que importa é o reflexo, a imagem. E a imagem que se passa é a que se constrói, e não a de sua natureza. É a que passa despercebida pelos mais próximos, mas aos olhos dos demais é uma verdade que não se contesta.
A internet e os sites de relacionamentos vêm se tornando algo tão ‘’essencial’’, que corremos o risco de estarmos fazendo parte da versão moderna do velho conto da mentira que de tantas vezes contada se torna verdade. Daqui a pouco não saberemos o que realmente é e o que não é. Apesar de alguns acreditarem que toda fantasia tem um limite. O que não deixa de ser verdade. A capacidade de manipular vem se sofisticando cada vez mais, mas há sempre o gesto que trai.
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