Primeiramente, a fim de introduzir o meu post irei expor uma passagem contida no livro “A Sociedade do Espetáculo” do escritor francês Guy Debord; ”o espetáculo é a afirmação da aparência e a afirmação de toda a vida humana - isto é, social-como simples aparência. Mas a crítica que atinge a verdade do espetáculo o descobre como a negação visível da vida; como negação da vida que se tornou visível”-Debord, GUY “A sociedade do espetáculo”. Além disso, o escrito francês norteia seu pensamento segundo a tríade composta por ser-ter-parecer. Primeiramente, o ser humano queria ser, depois passou a querer TER e a agora, na sociedade do espetáculo, este ser único e indivisível quer PARECER.
No Orkut, por exemplo, há vários exemplos deste tipo. O usuário performatiza o seu próprio “eu”, a fim de passar uma imagem antagônica de sua própria essência, e portanto afastando-se de seu “eu”característico e idiossincrático.
Algo semelhante ocorre nas demais mídias sociais, ou seja, no Myspace, Facebook, dentre outras mídias Sociais. A representação do eu sobrepuja a própria essência do ser, acarretando, pois na fomentação de uma “relação social entre pessoas, mediadas por imagens”. Nesta passagem Debord edifica a interface de uma comunicação norteada pela imagem, correlacionada com o desejo de obtenção de um status quo mediada através da aparência.
Portanto, na sociedade do espetáculo o que mais importa não é a própria singularidade do indivíduo, mas sim a capacidade dele representar, a fim de perpassar uma imagem diferente da sua própria essência. Posto isso, pergunto a vocês - estamos fadados à cada vez mais espetacularizações, para nutrir a Sociedade do Espetáculo?-Uma coisa é certa: Os meios para que o fim seja atingido, nunca tivera tantas ferramentas como na sociedade do espetáculo, no que tange a reprodução da imagem. E foi ele que determinou as regras...
quarta-feira, 7 de julho de 2010
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