A combinação entre novas tecnologias e as condições da vida pós-moderna, em que conceitos como identidades fluidas, construção das subjetividades e espetacularização da vida privada tem permitido que as pessoas possam, através de vídeos postados no Youtube, blogs e fotologs, e em suas performances em redes sociais diversas, como Orkut, Facebook e Twitter, se representarem das mais diversas formas. Assim, demarcam, através dessas representações, seus estilos de vida, suas escolhas de consumo, suas idéias e visões de mundo, em um jogo de representações mais dinâmico. Poderíamos entender que tais práticas se inserem naquilo que a autora Paula Sibilia batizou de “Show do Eu”.
No entanto, em alguns casos, tal flexibilização das identidades e construção dos egos através de escolhas racionais e emocionais pode ser contraditório. Quando as representações expostas nas novas e velhas plataformas midiáticas envolvem crianças, como fica a questão da construção dos sujeitos? Um exemplo claro desta contradição pode ser visto ao abrir o link do vídeo abaixo. Nele, um pequeno menino italiano mostra seu culto ao corpo. Este vídeo teve intensa repercussão na rede, tendo sido muito visto. Trata-se, claramente, de um espetáculo de culto ao corpo e construção subjetiva do mesmo, sem que a criança perceba o que realmente está sendo explorado em sua representação:
A questão a se pensar é: a quem pertence o “show do eu” nesse caso? Ao menino, ou à seus pais, ou a quem filmou a representação veiculada?
sábado, 5 de dezembro de 2009
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4 comentários:
Aos pais.
Acredito que, assim como muitos outros casos, o influências dos pais seja determinante.
*Foi sem o meu nome.
Acredito que, assim como muitos outros casos, o influências dos pais seja determinante.
Acho que o "Show do Eu" neste caso pertence tanto aos pais quanto ao garoto.
Aos pais por terem total consciência das consequências da exposição do filho e terem como objetivo atingir tais consequências.
E ao menino por ele saber que está sendo filmado e por isso, fazer um show para a filmadora.
Raquel Glória Moreira
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