quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Caso Geyse Arruda - Por Carolinna Granero
No dia a 22 de outubro a universidade UNIBAN de São Paulo expulsou uma aluna que foi hostilizada pelos estudantes após usar um “microvestido” e deste modo “ferindo” a integridade dos próprios alunos (segundo eles).
É claro que essa atitude dos estudantes é errada, pois vivemos em um país livre, em que os preconceitos deveriam ser combatidos e não incitados, mas sabemos que não é assim que acontece na vida real.
Por um outro lado hoje todos querem ter seus famosos 15 minutos de fama, querem ser reconhecidos pela sociedade de alguma forma, alguns realizam bons feitos que os enobreçam causando um reconhecimento, outros tentam “aparecer” em escândalos e capas de revistas de fofoca. Como foi o caso da mulher pelada que apareceu em uma edição ao vivo do BBB e como é o caso de tantos outros.
Geyse não foge á regra, mesmo que não tenha tido a intenção de provocar todo aquele furor hoje se beneficia com as entrevistas que dá e com os programas que participa, comentam ate de uma tal sondagem de revista masculina.
O ser humano fez da sua própria vida um filme como percebemos no texto “Vida: o filme” de Neal Gabler. As pessoas deixaram de lado a originalidade para viver num mundo de fantasias à sombra das pessoas que tem fama e se encontram em uma busca incessante para alcançar o reconhecimento. A vida se tornou uma peça de teatro que nunca tem fim e que todos somos protagonistas.
É nesse mundo em que vivemos em que ser reconhecido na rua vale mais que ter a consciência tranqüila e paz de espírito ou ser reconhecido por um grupo seleto de pessoas que valem à pena.
Ela não foi a primeira e não será a ultima, mas que tipo de profissional uma pessoa que se submete a esse tipo de situação e se apropria das conseqüências pode estar se tornando?
Trazendo essa discussão a um paralelo do que trabalhamos em sala de aula, podemos relacionar o caso ao livro “show do eu” da professora Paula Sibilia que reúne teoria e prática para explicar de que forma nossa sociedade legitimou uma cultura de observação do outro e, ao mesmo tempo, da exposição de si próprio, ou seja, esta claro que a Geyse gostou de aparecer e esta se beneficiando das conseqüências de seus atos, mas será que ela quis realmente isso ou apenas aconteceu?
Por Carolinna Granero Areias
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