Apresentação do tema para o trabalho final da disciplina Programação de Realidade.
Tema: O real como ingrediente principal de uma diversão aterrorizante.
As pupilas dilatam, os pêlos arrepiam, o coração dispara e a respira acelera. O estômago contrai, sentimos aquele “friozinho” na barriga que nos consome por momentos aparentemente eternos. Após tanta adrenalina e muito terror, essa tensão acaba e somos confortados por um imenso alívio.
O medo, sempre presente na sociedade, não é o mesmo. Com o tempo ele foi se transformando. E o que era assustador ontem, pode ter seu efeito questionado hoje. Numa mistura aterrorizante, que busca sempre amedrontar as pessoas, o ingrediente do real se torna o elemento principal para provocar esta sensação na atualidade.
Dos “trens fantasma” de antigos parques de diversão às “Noites do terror” do Playcenter é possível destacar a evolução da produção do medo. Com bonecos cada vez mais próximos de pessoas reais e de atores muito bem caricaturados, embarcamos num mundo macabro de deixar o cabelo
Assim como a evolução tecnológica dos parques, que proporcionou uma maior veracidade daquilo mostrado, o cinema também se beneficiou da técnica para dar mais credibilidade ao seu produto. Efeitos especiais mais sofisticados são responsáveis por fazer o público gritar e tremer de medo. No entanto, não é só do choque visual, com cenas muita das vezes indigestas, que se faz terror nos filmes. A maldição é em muitos casos o responsável por elevar essas produções a categoria de assustador e sombrio.
Mais aterrorizantes que bonecos perfeitos ou historinhas de terror, são corpos reais destroçados. Apesar de mórbido, este é o atrativo de muitos filmes e principalmente de sites na internet. Analisando o mais famoso deles, o assustador.com, é possível ver o ápice da utilização do ingrediente “real”. Que além de imagens chocantes de acidentes, também traz fotos sobrenaturais, aterrorizando por completo os seus visitantes.
Um comentário:
A idéia de abordar a exploração do medo nos produtos midiáticos realistas é ótima, como um ingrediente do “pancadão” no tipo peculiar de “choque do real” envolvido nesses casos. Você vai, então, focalizar um objeto determinado? Entendo que seria esse site que você menciona, não? Coloque então, por favor, aqui no blog, o link para o site. E, se tiver coragem, também algumas dessas imagens que você está observado e pretende estudar.
Quanto à perspectiva de análise, a sua intenção é examinar essas imagens fazendo uma espécie de genealogia dos recursos que historicamente foram configurando o efeito realista do medo? Seria interessante mostrar as transformações das estéticas realistas que procuram produzir esse horror explorando o fato de estar mostrando coisas reais. Como embasamento teórico, sugiro que você recorra fundamentalmente aos textos de Jaguaribe, Barthes e Feldman.
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