A proposta é analisar, sob a perspectiva do curso, a linguagem de documentário em contraposição à ficção. Será abordado o realismo exposto, as sensações que são transmitidas e a questão da violência, da morbidez e das mazelas como características que conferem maior realismo à história que está sendo contada.
Documentários são marcantes porque costumam apresentar uma determinada realidade de maneira mais aproximada que a ficção.
As estratégias da ficção, por sua vez, para "convencer" o espectador de que a história contada pode se encaixar dentro do conceito de realidade, ou seja, que os acontecimentos podem realmente convencer e que qualquer pessoa pode passar pelas mesmas experiências dos personagens.
Análise do filme "Ônibus 174", documentário de José Padilha, de 2002, e o recente e ficcional "Última Parada, 174" de Bruno Barreto: duas versões da mesma história real e chocante.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
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Um comentário:
A idéia de comparar esses dois filmes é muito boa, acho que pode render pistas e conclusões bem interessantes para o problema que estamos tentando compreender. Porém, você vai ter que fazer um trabalho de aprofundamento teórico para poder extrair maior riqueza dessa comparação.
Por exemplo, quando você afirma que os documentários “apresentam uma determinada realidade de maneira mais aproximada que a ficção”, há vários termos confusos nessa asseveração: o que seria essa maneira mais “aproximada”?
Já quando você alude às estratégias da ficção desdobradas para "convencer" o espectador, provavelmente esteja se referindo à longa e rica tradição de um tipo peculiar de ficção, ou seja, aquela que recorre às diversas estéticas realistas que permeiam a Modernidade.
A minha sugestão é que você releia todos os textos trabalhados em sala de aula, especialmente os de Beatriz Jaguaribe e Ilana Feldman. Além disso, recomendo o ensaio clássico de Roland Barthes sobre “o efeito de real”.
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