A prosposta do trabalho é analisar a série de TV americana “The Office”, que acompanha o cotidiano dos funcionários de um escritório, filial da ficcional empresa de papel “Dunder Mifflin”. Trata-se de um “sitcom”, mas de formato nada tradicional, não possui um estúdio, platéia ou risadas ao fundo. A série é toda filmada pela perspectiva de uma única câmera, tentando simular o formato de documentário, e dessa forma escapando do formato já saturado dos sitcoms americanos. Esse gênero humorístico se tornou conhecido como “Mockumentary”. Uma equipe de cinegrafistas diariamente registra o cotidiano dessas pessoas com um motivo ainda indeterminado. Embora seja uma ficção a presença da câmera é abertamente reconhecida pelos personagens, influenciando constantemente sobre o desenvolvimento das histórias, e logo acaba se tornando um dos “personagens” principais. A série utiliza-se de vários artifícios do gênero documentário (se aproveitando da noção convencionada como um gênero que tenta registrar a “realidade” ou a verdade dos fatos), apontando-o como mais um formato narrativo.
Ótimo objeto (demorou... mas chegou bem!). Você pretende analisar o que exatamente? Detectar quais são os recursos estéticos utilizados e as estratégias narrativas colocadas em jogo para criar este novo gênero? Todos esses artifícios visam a construir o quê, um certo “efeito de real” capaz de fornecer mais vitalidade a um gênero esgotado? Ou a colocação dessa (e qualquer?) pretensão de veracidade televisiva em questão? Você poderia até se perguntar qual é o estatuto da ficção e, sobretudo, do documentário, quanto a primeira se apropria dos códigos do segundo para construir um simulacro de realidade que não pretende ser veraz mas, ao contrário, exibir sua própria encenação.
O blog “Teoricamente” é uma ferramenta pedagógica ligada ao Projeto de Monitoria em Teorias da Comunicação para os Novos Gêneros Midiáticos, cujo objetivo é desenvolver possibilidades de adaptação das diversas Teorias da Comunicação e aplicá-las à compreensão dos novos gêneros midiáticos surgidos nos últimos anos. O projeto está entrando no seu 3º ano ligado à disciplina Introdução às Teorias da Comunicação ministrada pela professora Drª Paula Sibilia, do curso Estudos de Mídia da Universidade Federal Fluminense.
Um comentário:
Ótimo objeto (demorou... mas chegou bem!).
Você pretende analisar o que exatamente? Detectar quais são os recursos estéticos utilizados e as estratégias narrativas colocadas em jogo para criar este novo gênero? Todos esses artifícios visam a construir o quê, um certo “efeito de real” capaz de fornecer mais vitalidade a um gênero esgotado? Ou a colocação dessa (e qualquer?) pretensão de veracidade televisiva em questão? Você poderia até se perguntar qual é o estatuto da ficção e, sobretudo, do documentário, quanto a primeira se apropria dos códigos do segundo para construir um simulacro de realidade que não pretende ser veraz mas, ao contrário, exibir sua própria encenação.
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