Mesmo com o seu enorme poder, o uso da Web 2.0, possui opositores bem fortes. O escritor norte-americano Andrew Keen é um deles e ficou conhecido por suas críticas ao fenômeno, no livro do qual foi o autor: The Cult of the Amateur(2007).
De maneira geral, o capítulo 1 do livro ‘‘ O culto do Amador’’ (lançado no Brasil em 2009), enfatiza o pessimismo de Andrew Keen quanto ao uso da Web 2.0, comparando os usuários a macacos digitais, de forma que, considera as criações dos internautas como ‘‘uma interminável floresta de mediocridade’’ (p. 8).
O objetivo do autor é mostrar aos leitores o impacto destrutivo que a revolução digital está provocando em nossas vidas. Como exemplos, Andrew Keen cita as redes sociais (MySpace, Orkut, Facebook) como: ‘‘ as formas mais narcisistas de fazer propagandas de nós mesmos’’. Além disso, o autor dá bastante ênfase ao poder da Wikipédia, em que, a qualquer momento, qualquer pessoa, pode fazer alterações em seu conteúdo, questionando assim, o poder de confiabilidade do mesmo.
Outra questão levantada pelo texto é o poder do anonimato que a web gera aos seus usuários. Daí então, ele destaca o crescimento exponencial dos blogs na rede mundial de computadores, de forma que considera essa explosão de ‘‘blogueiros’’, na maior parte das vezes, como pessoas que querem falar somente sobre suas vidas pessoais.
Dessa forma, e com vários exemplos, Andrew Keen, reforça a idéia de que a informação que nos é passada diariamente pelo meio virtual está passível a declínio de qualidade e confiabilidade. Pois, segundo ele, o que existe hoje, é um culto ao amador ao invés do especialista.
Por fim, o trecho seguinte reforça a opinião do autor:‘‘ Chegou a hora do amador, e agora é a platéia quem está dirigindo o espetáculo.’’ (p. 36)
Abaixo, segue o link do blog de Andrew Keen em que além de informações sobre o autor, pode-se encontrar uma entrevista do mesmo a Globo News, em que ele argumenta a sua opinião quanto ao uso da Web 2.0. Vale a pena conferir!
Fontes: KEEN, Andrew. O culto ao amador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar., 2009. (páginas 7 a 36)
Site: Andrew Keen
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
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