Em sua obra “A Sociedade Do Espetáculo” Guy Debord aborda que na sociedade a realidade se mistura com a ficção e o individuo passa a viver uma representação, baseada nas aparências e no consumo tendo no final sempre um espetáculo. Basta observar nos últimos tempos alguns programas como “Casos de Família” apresentado pela jornalista Christina Rocha que é baseado nos conflitos interpessoais que acontecem entre membros da mesma família, vizinhos e até no ambiente de trabalho. Tornando esses problemas pessoais que teoricamente deveriam ser resolvidos particularmente em grandes espetáculos.
Pela necessidade de garantir o nível de audiência a apresentação desses tipos de programação deixa clara a principal estratégia: chamar a atenção do telespectador mostrando histórias de vida utilizando sempre a dramatização, o jogo, explorando os desentendimentos.
Outro exemplo é Programa da Márcia apresentado pela Márcia Goldschimidt vinculado pela TV Bandeirantes com o mesmo princípio de entrevistas, convidam profissionais como psicólogos e advogados para ajudar no desfecho de cada caso - paixões, traições, desencontros. Outro quadro de seu programa é “Espelho, Espelho Meu” que transforma o visual de pessoas descontentes com a aparência, vendendo a idéia de que apenas um corte de cabelo e um tratamento dentário dão uma nova vida a pessoas, exemplificando o que Neal Gabler enuncia que as pessoas acreditam que são transformadas pelas mercadorias que são induzidas a consumirem “ E essas transfiguração não se limitava à aparência;era também uma questão de mudar a maneira como a pessoa se sentia a respeito de si mesma.”( Vida, O Filme, pagina 195).
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